Visitantes

Planta símbolo da XXXIII Jornada

 

     O pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) é uma espécie da família Fabaceae (Leguminosae) de grande importância econômica e com um histórico de mais de 500 anos de intensa exploração. Típica da Mata Atlântica, é considerada uma das árvores mais raras do Bioma, que é um dos mais ameaçados do mundo. A planta pode ser encontrada nas Florestas Estacionais Semideciduais, Florestas Ombrófilas Densas e em ambientes de Restingas, que vêm sendo severamente degradados por ações antrópicas desde a colonização. Sua madeira foi muito utilizada para a produção de corante e, posteriormente, foi descoberta como uma excelente fonte de matéria prima para a confecção de arcos para violinos e para outros instrumentos musicais. O extrativismo reduziu as populações do pau-brasil e levou a espécie à categoria de “ameaçada de extinção”. A criação de Unidades de Conservação nas áreas de ocorrência da espécie, acompanhada de ações de fiscalização, pesquisa e manejo têm contribuído para a sua conservação. No Brasil, inúmeros pesquisadores desenvolvem estudos sobre o pau-brasil, entre eles o Dr. Haroldo Cavalcante de Lima, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que descreveu novas espécies da família Fabaceae para a ciência, além de um novo gênero que foi dedicado à Dra. Graziela Maciel Barros: Grazielodendrom riodocensis H.C.Lima. O Dr. Haroldo é, também, um estudioso da obra do Frei José Mariano da Conceição Veloso (Frei Veloso), de expedições científicas realizadas por naturalistas viajantes e especialmente dos diversos aspectos da botânica e da história da exploração do pau-brasil, uma espécie que definitivamente conquistou o seu coração. Em reconhecimento ao exemplo de vida e ao trabalho prestado todos esses anos ao estudo da família Fabaceae e particularmente do pau-brasil, a Comissão organizadora da XXXIII Jornada Fluminense de Botânica decidiu homenagear o pesquisador Dr. Haroldo C. de Lima e escolheu o pau-brasil como planta símbolo da Jornada.